Dr. BRENO GREEN KOFF | http://www.deiuris.com.br
29/04/2005 - Como lidar com as crianças na hora da separação:
Breno Green Koff |
- Mesmo que os filhos tenham assistido a brigas dos pais, na hora da separação deve se manter a calma;
- Os dois, juntos, devem se reunir com os filhos para informa-los da decisão. Mesmo que sejam pequenos é possível contar uma história que ilustre o ocorrido;
- O mais importante é deixar claro que continuarão a ser pai e mãe, apesar de não mais casados. Mostrem sempre respeito um pelo outro e digam que serão sempre amigos;
- Expliquem que a rotina das crianças vai mudar, mas que continuarão a conviver com pai e mãe, na casa de. cada um;
- É importante que os filhos saibam que terão seu espaço na casa do cônjuge que sair;
- Os pais devem permitir que os filhos manifestem-se sobre a separação, mesmo que de forma triste ou agressiva, e explicar exaustivamente a decisão;
- Filhos que agem muito tranqüilamente à decisão muitas vezes escondem seus verdadeiros sentimentos, o que pode ser prejudicial num futuro próximo. Os pais devem puxar assunto com eles;
- Fazer com que avós, tios ou outros adultos de confiança também conversem com as crianças sobre a separação pode ajudar;
- Importante deixar claro, o tempo todo, que os filhos não têm nenhuma culpa em relação ao divórcio;
- Façam referência a crianças conhecidas que vivem a mesma situação, para que não se sintam diferentes ou inferiores;
- A escola e outros lugares onde as crianças exercem atividades devem ser informados da separação, para que observem possíveis mudanças de comportamento;
- Uma vez separados, os pais não devem utilizar as crianças como mensageiras de recados;
- Não é bom discutir questões como dinheiro ou regras de visitação diante das crianças, especialmente se houver algum tipo de discordância sobre o assunto. É recomendável debater essas questões em outro momento;
- É importantíssimo não falar mal do ex-cônjuge na frente dos filhos, seja em que momento for;
- Se, no início, as crianças manifestarem algum desejo de não ficar na casa do pai ou da mãe que tiver saído de casa, é bom respeitar sua vontade. Mas insistindo para que haja uma rotina de convivência com os dois. Isso garante que elas tenham pai e mãe como referência emocional.
(Quando a separação não é um trauma, reportagem de Época, nº 349, 24/1/2005, págs. 60/65, assinada por MARTHA MENDONÇA). |