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Imposto de Renda sobe 451% (contra 84% da inflação) nos últimos 12 anos
Roberto Rodrigues de Morais Especialista em Direito Tributário Manchete no primeiro domingo de março mostra a voracidade fiscal vigente no País, que se caracteriza pela alta carga tributária, gasto público inflado e a maior taxa de juros do mundo, na contramão da crise financeira mundial. A transferência de renda do setor privado para o Governo e o sistema financeiro, além de enfraquecer a economia, tem exigido um esforço de Hércules do setor produtivo e dos trabalhadores em geral, incluindo aqui os autônomos e os funcionários públicos. Não há prestação dos serviços essenciais garantidos pela Constituição Federal de 1988 à sociedade (segurança, saúde, transportes, educação, etc...) em contrapartida aos altos custos do financiamento da máquina governamental. Já enfatizamos anteriormente, em nossos textos, onde abordamos a necessidade de se corrigir a injustiça tributária contra os contribuintes, onde estatísticas de 1996 a 2008 mostram a evolução do PIB, Salário Mínimo e carga tributária do IRPF. O congelamento da Tabela do IR-Fonte e IRPF, por 6 anos no Governo FHC e 3 anos no Governo Lula trouxe arrocho fiscal sobre essa classe de contribuintes. Em 1996 quem ganhava 8,3 salários mínimos estava isento do IRRF e, em 2009, quem ganha 3,1 já está na faixa de tributação. A análise dos números com dados do IBGE: 1) O limite de isenção foi reajustado de R$900.00, em 01/01/1996, para 1.372,81, em 01/01/2008 - ou seja, em 52,53%, gerando a defasagem citada no título da matéria. 2) DE 1996 A 2007 veja a evolução do PIB e da arrecadação, em valores e percentuais:
1996 | PIB 846,9 MI | Arrec. Tributária 212,5 MI | 25,47%/PIB |
2007 | PIB 2.558,8 MI | Arrec. Tributária 923,2 MI | 36,08%/PIB |